Escola HeiSei visita o Atelier Hideko Honma
O Atelier Hideko Honma recebeu uma visita de alunos da Escola HeiSei. O grupo, composto por alunos do curso de Educação Infantil compareceu com muito entusiasmo e expectativa, conheceu as instalações do Atelier e fez uma imersão para compreender os princípios básicos do processo de criação de um trabalho de cerâmica. Foram recebidos pela professora Hideko e a equipe do Atelier.
A Escola HeiSei é uma tradicional escola situada em Santana, na Zona Norte da cidade de São Paulo e foi fundada em 1981. Seguindo princípios de seus fundadores, a escola adota algumas filosofias japonesas que se somam a uma metodologia pedagógica que prioriza a formação da dignidade da criança. “Trabalhar as diferentes linguagens, garantindo a compreensão, a investigação e o aprofundamento do saber, atribuindo significados às situações propostas, desenvolvendo com as crianças processos em que sejam valorizados o respeito, a participação, a criatividade, a amizade, a dignidade, a sensibilidade, a iniciativa, a pesquisa, o questionamento, a experimentação e as descobertas”, é o lema que a Escola apresenta como proposta.
Entrevistamos a professora Tais Romero, diretora da Escola HeiSei para conhecermos mais sobre a metodologia de ensino da instituição e como foi a experiência das crianças no Atelier.
Quais são os princípios básicos que norteiam a Escola Heisei, no tocante ao conteúdo pedagógico?
O reconhecimento da potência das crianças, a relação com as famílias, os sentidos como norteador das aprendizagens, o espaço como terceiro educador, a formação integral dos professores, o tempo da infância e o brincar como linguagem universal.
Este ano a Escola Heisei completa 42 anos, ou seja, quase um quarto de século. Neste período houve alguma alteração ou acomodação nesses princípios?
Acomodamos, desequilibramos e voltamos a equilibrar, em um processo cíclico e complexo que é uma escola para crianças pequenas.
Entendemos que as grandes evoluções na Educação, só acontecerão, quando estivermos preparados para as pequenas revoluções que decorrem cotidianamente.
Vemos que a Escola Heisei adota alguns conceitos de ensino japonês, como a introdução ao soroban. Na merenda, observamos que é oferecido um cardápio baseado na culinária japonesa. Quais são os diferenciais e vantagens que a escola vê na incorporação destes conceitos na formação de seus alunos?
A Escola HeiSei tem as suas raízes na Cultura Japonesa e sentimos muito orgulho disso.
A aproximação com esses conceitos fortalece os nossos princípios que permeiam e perpassam o respeito, a ética e a estética das relações entre todos que habitam a HeiSei.
Qual é a avaliação da Escola com relação à experiência que os alunos tiveram no Atelier Hideko Honma, conhecendo o processo de criação de cerâmica? Como experiências como esta são agregadas na formação dos alunos?
Que experiência mais rica e sensível as crianças e professoras viveram no Atelier Hideko Honma.
O projeto das crianças do Grupo 4 (4 anos), é fazer vasos para o nosso território de argila.
Dessa forma, ir ao Atelier significou para elas, uma ampliação de repertório, criativo, cognitivo e estético, que chamamos de experiência direta.
Ao retornarem para o projeto, reconhecemos as evidências das aprendizagens “apreendidas”, desde palavras novas até habilidades diferenciadas no manuseio da argila.
Nossos agradecimentos à Escola HeiSei e à professora Taís Romero, pela colaboração neste matéria.
Para saber mais sobre a Escola Heisei acesse este link.
Fundadora da Pedagogia Subjetividade, Tais Romero é pedagoga, psicopedagoga, formada pela PUC/São Paulo, especialista em coordenação pedagógica em Educação Infantil pela Reggio Children/Itália, pesquisadora da infância e representante oficial doJardín Fabulinus/Argentina no Brasil. É também diretora da Escola HeiSei.