Aulas especiais no Atelier: uma experiência para a vida

Aulas especiais no Atelier: uma experiência para a vida

25 de setembro de 2023 Off Por bloghideko

A ceramista Hideko Honma realiza, vez por outra, aulas de cerâmica para grupos específicos, com o objetivo de introduzir para um público leigo, os fundamentos da cerâmica. Através dessas aulas, os participantes podem conhecer um pouco desse universo fascinante, compreender os processos de criação da forma e eventualmente, aplicar essa experiência em suas rotinas, seja no âmbito profissional ou nas ocupações do dia-a-dia.

Hideko Honma comandando a aula para o grupo “Mulheres da NEB” (foto: Atelier Hideko Honma)

Em junho, por exemplo, a aula foi destinada para o NEB Elos, importante segmento da NEB, Nikkey Empreendedores do Brasil, que promove o engajamento entre associados e familiares com as atividades do NEB, além de estimular a socialização entre eles através de projetos de cunho beneficente e assistencialista.  O núcleo “Mulheres da NEB”, como se definiram, recebeu a aula no dia 30 de junho e 15 pessoas participaram. Como foi uma aula de introdução a duração foi curta, das 10h às 12h30 e com uma bela surpresa: um almoço preparado pela premiada chef Telma Shiraishi, embaixadora da difusão da gastronomia japonesa no Brasil e sua competente equipe.

Almoço produzido pela equipe da chef Telma Shiraishi (foto: Atelier Hideko Honma)
Cenas da aula: muita alegria e envolvimento Foto: Atelier Hideko Honma
15 pessoas participaram da aula especial para o grupo “Mulheres da NEB” Foto: Atelier Hideko Honma


Conversamos com duas personalidades que participaram deste encontro, para ouvir suas opiniões. Uma é a designer e artesã Rosely Kasumi e a outra a empresária Ângela Hirata, ex-presidente da Japan House São Paulo.

Começamos com Rosely.

Atelier: Para uma artista/artesã como você, qual foi o aproveitamento que o curso ofereceu?

Rosely: A Hideko é uma excelente professora e profissional. A maneira como explica todo o processo criativo de forma didática e clara nos deixou bastante livres para criarmos peças de acordo com a estética pessoal de cada um. Apesar de todos trabalharem a argila para produzir uma chawan, cada um imprimiu sua própria identidade e nenhuma peça ficou igual a outra.

Rosely Kasumi (arquivo pessoal)

Atelier: Conte os pontos de intersecção entre o fazer de cerâmica e o fazer de joias. Existem semelhanças?

Rosely: Achei bastante semelhante. Trabalhar com a argila ou com o metal é sempre uma surpresa. Todo o desenvolvimento da construção tridimensional através da modelagem manual é bastante desafiador e o resultado muitas vezes inesperado, pois a reação do material ao fogo pode fugir ao nosso controle, o que acho maravilhoso e surpreendente.

Atelier: Essa experiência contribuiu para o seu fazer artístico?

Rosely: Bastante. Adoro o universo da criação, de aprender, de trabalhar diretamente com o material. Para mim foi desafiador pois gosto da criação livre, sem regras mas trabalhar com o torno percebi que não é bem assim, a dificuldade já começa em centralizar a argila, a quantidade certa de água, a pressão das mãos, o tempo, a paciência no processo… tudo é importante para peça não “desmoronar” em frações de segundos. Foi uma experiência enriquecedora e me mostrou que não temos domínio sobre o material, que é necessário muito aprendizado e dedicação para se produzir uma “simples” chawan. Hoje vejo com outros olhos as cumbucas pelo meu caminho!

Ângela Hirata, bastante feliz com a participação na aula nos concedeu esta entrevista.

Ângela Hirata (arquivo pessoal)

Atelier:  Como foi sair de sua rotina de negócios e entrar em uma experiência de cerâmica com Hideko Honma?

Ângela: Foi uma experiência única, diferente do meu dia-a-dia.  O tema Cerâmica sempre esteve muito presente em minha vida. Na nossa casa-matriz no Japão, em Hakusan, Provincia de Ishikawa, meu primo de terceira geração é mestre em cerâmica, possui Atelier e ministra curso de Cerâmica. Esteve três vezes no Brasil e proferiu palestras e cursos na Universidade de São Paulo e também na Associação da província de Ishikawa. Minha mãe também praticava muito a arte de cerâmica.

Atelier: Conte os pontos de intersecção entre o fazer de cerâmica e o processo de fazer negócios. Existem semelhanças?

Ângela: Com a NEB Elos, tive a satisfação de experimentar a arte de fazer cerâmica. Apesar de muito inexperiente, consegui criar algumas peças que me deram grande satisfação com o resultado. Fazer business e fazer cerâmica têm muito em comum, no que diz respeito a concentração e acima de tudo a dedicação de fazer e apresentar ao mercado e sua sequência de negociação.

Atelier: Experiências como essa ajudam a ter novos insights em negócios e visão empresarial?

Ângela: Experiências inéditas de viver o processo da arte de cerâmica para mim, só me deram mais amplitude na minha visão empresarial. Ser paciente, resiliente, atenção ao aspecto visual e cuidados nos acabamentos. Conhecer e participar do ensinamento e arte da Hideko san me fez abrir uma outra possibilidade na visão de business e isso foi simplesmente incrível.

Acompanhem as novidades pelo instagram de Hideko Honma: @hidekohonma

Resultado da queima das peças dos participantes do grupo Mulheres da NEB (video de Hideko Honma)