Conheça as professoras de cerâmica e de ikebana do atelier
Outro dia falamos aqui no blog sobre os cursos oferecidos pelo atelier de Hideko Honma – são aulas de torno elétrico, de modelagem manual e de ikebana, que acontecem todas as semanas, em seções cheias de alegria, desafios e descobertas.
Por trás desses cursos estão professoras muito dedicadas e experientes, que compartilham a paixão e o sentimento de realização com o que fazem, têm vontade de transmitir seu conhecimento aos alunos e, ao mesmo tempo, incentivá-los a extrair o melhor de si. Legal, né?
No caso de Hideko, há um bom perfil dela aqui mesmo, na página do blog, que fala de seu aprendizado como ceramista, mostrando por que ela também é boa professora.
Veja agora um breve perfil das demais professoras do atelier. Depois, ao final deste post, clique no link para saber mais sobre o conteúdo e objetivos dos cursos do atelier!
Acácia Azevedo: encantamento pela cerâmica desde criança
A professora de modelagem manual conta que, como pernambucana, eram frequentes os passeios em família por locais como Caruaru, Auto do Moura e Tracunhaém – centros de tradições e cultura, incluindo a da cerâmica. Acácia encantou-se cedo, lá pelos seis anos de idade, pelos “anjos de terra” que vira nessas pequenas viagens.
Anos mais tarde, já em São Paulo, resolveu experimentar fazer cerâmica. “A paixão por esta arte foi descolando as dificuldades típicas dos inícios. E assim caminhei para uma formação que pudesse melhorar minhas habilidades”, conta ela.
Acácia fez cursos de formulação de vidrados e das várias técnicas de modelagem manual, e conheceu mestres ceramistas de São Paulo, como Kenjiro Ikoma, Lígia Reinach, Mávy Koffler. Até que se tornou aluna de modelagem manual de Estela Horta Miyauchi, que dava aulas no atelier de Hideko Honma, e também aprendeu a usar o torno com a própria Hideko.
No final de 2008, quando Estela decidiu se aposentar, Acácia foi convidada a dar aulas em seu lugar, e assim segue até hoje. “Como pedagoga que sou por formação, dar aulas sobre este material objeto de minha paixão é uma grande realização”, explica. Atualmente, ela também é mestranda na PUC Campinas em Linguagem, Mídia e Artes.
Tatiane Kawata: uma arte envolvente
“Na minha vida sempre houve trabalhos manuais, que eu aprendia a fazer com a minha avó, com quem eu passava bastante tempo”, conta Tatiane Kawata, professora assistente do curso de torno elétrico do atelier. Mas foi só quando já estava para se formar em Publicidade e Propaganda que a cerâmica entrou para valer em sua vida.
Por indicação do pai, matriculou-se em um dos cursos oferecidos pelo atelier de Hideko (teve aulas com a ceramista e também com Acácia), e acabou se envolvendo com essa arte. “A forma como a cerâmica foi me envolvendo foi gradual, mas surpreendente. Porque não se trata só de modelagem, estética e design. Tem muita técnica e ciência por trás. Isso acabou me cativando”, conta.
Tatiana passou a dar aulas como professora assistente de torno elétrico em 2018. O curso segue a metodologia do atelier, e Hideko dá orientações aos alunos dessa turma uma vez por mês. As demais aulas ficam por conta da jovem professora. “O que mais gosto na cerâmica é a técnica, que é rigorosa, mas que ao mesmo tempo é versátil e abre muitos horizontes. Ela é versátil e envolve muito conhecimento, mesmo em peças aparentemente simples.”
Tamako Yoshimoto: materiais variados no ikebana
O que levou à criação do curso de ikebana foi a curiosidade e os pedidos dos alunos de cerâmica. Afinal, Tamako é uma das responsáveis pelos arranjos florais que decoram os ambientes do atelier e que inevitavelmente chamam a atenção de quem visita o local.
Tamako, que é formada em licenciatura em pedagogia, segue os ensinamentos da escola Sôgetsu de kadô (a arte japonesa dos arranjos florais), que ela estudou por mais de dez anos. O interessante dessa escola de ikebana, segundo a professora, é que ela permite o uso de materiais variados na elaboração das obras, como arames, flores e folhas desidratadas, entre outros.
“Fiz 12 anos de aulas. Naquele tempo não existiam livros sobre o assunto. As professoras iam ensinando com desenhos. Depois que casei, deixei o ikebana um pouco de lado, mas quando os meus filhos cresceram, eu retomei esse caminho e continuo nele até hoje”, conta ela. Assim, nos dias de aula, Tamako chega ao atelier carregada de flores, folhas, galhos, que, junto com os alunos, vai transformando em obras cheias de volume, equilíbrio e beleza.
Para saber mais sobre como são os cursos, veja nosso post anterior, clicando aqui.