Conheça as peças vencedoras do concurso A Xícara do Museu
No dia 24 de outubro, aconteceu a grande final do concurso “A Xícara do Museu”, promovida pelo Museu do Café, de Santos. Na categoria utilitária/funcional, o primeiro lugar ficou com Cristina Rocha de Souza Pinto, de Campinas (SP), com a xícara “Horizonte”. Na categoria conceitual/artística, a vencedora foi Nádia Saad, de São Paulo (SP), com a peça intitulada “Esplendor do Café”.
As duas receberão como prêmio uma viagem ao Japão, onde conhecerão alguns dos centros tradicionais de produção de cerâmica e porcelana daquele país.
Veja as peças das vencedoras:
“Esta foi uma iniciativa pioneira”, disse Cristina. “Espero que seja o primeiro de muitos outros eventos assim. Vamos valorizar o que é nosso, valorizar o ceramista.”
Nádia falou da importância de o concurso ter acontecido mesmo em meio à pandemia. “Deu um rumo para nós, que estávamos meio perdidos naquele começo. O concurso foi muito abrangente conceitualmente”, afirmou.
Já o segundo lugar da categoria utilitária/funcional foi para Fernando Cesar Teixeira Nunes, de Garopaba (SC), que participou da final virtualmente para fazer a defesa de sua xícara “DueColore”. A segunda colocação da categoria conceitual/artística foi para a xícara “O Sansão do Cais em: De Onde Vem?”, de Fabio Nascimento Hoga, de Cravinhos (SP). Cada um receberá R$ 5 mil em equipamentos para cerâmica. A premiação do segundo lugar, nas duas categorias, tem o patrocínio da ArteBrasil Materiais Cerâmicos.
O concurso, que começou em março, teve 142 inscritos, e foi realizado pelo museu com a curadoria de Hideko Honma e parceria do grupo Cerâmica Contemporânea Brasileira – CCBras. Foram duas etapas de seleção até chegar à última etapa, em que os 20 finalistas se reuniram no dia 24 para fazer a defesa de suas peças, no antigo Pregão da Bolsa do Café. Os finalistas participaram presencialmente e virtualmente.
Houve transmissão ao vivo da final, que você pode conferir no vídeo abaixo:
“Foi extremamente gratificante receber tantas peças, desenvolvidas com tamanha dedicação pelos participantes. Isso nos fez ter certeza do quão importante são as ações que valorizam os saberes e as técnicas dos artesãos do nosso país”, afirmou Alessandra Almeida, diretora do museu, na abertura da grande final.
Hideko também parabenizou os participantes e finalistas. “Quando falamos em café, isso evoca uma memória olfativa, afetiva, que nos dá vontade de estar com amigos, com família”, disse ela. A curadora do concurso também relembrou a todos sobre os principais critérios para a seleção dos grandes vencedores do concurso.
Ainda na abertura, Ricardo Makoto, do CCBras, destacou que, em meio à pandemia, não foi fácil para muitas pessoas chegarem aonde chegaram. “Este concurso se trata de uma obra coletiva. Foi preciso coragem, esforço e dedicação para que acontecesse. Hoje é um dia de celebração.”
Cada finalista teve três minutos para discorrer sobre as técnicas e a inspiração de suas peças e, ainda, respondeu a perguntas feitas pelos jurados.
Antes de anunciar os vencedores do concurso “A Xícara do Museu”, o evento fez uma homenagem à ceramista Masako Koga, “pela sua reconhecida relevância entre os profissionais ceramistas'”, disse Hideko. “A pureza poética de sua filosofia de trabalho consistente é uma inspiração.”
As xícaras recebidas na segunda etapa do concurso estão em exposição no Museu do Café, que está aberto para a visitação. Saiba mais sobre como visitar o museu.
Uma xícara de muitas culturas
A ideia do concurso surgiu durante uma visita que Hideko fez ao Museu do Café, ainda em 2018, como parte de uma comitiva formada por representantes do Consulado Geral do Japão em São Paulo e da Fundação Japão. Na ocasião, a diretora do Museu, Alessandra Almeida, comentou que gostaria de ter xícaras boas, que pudessem ser vendidas na loja do museu ou usadas no café. Hideko ficou responsável pela curadoria, e o CCBras foi convidado a participar da organização para melhor elaborar o concurso e ampliar o seu alcance.
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