Eric Landon, do estúdio Tortus, realiza workshops no atelier de Hideko Honma
Entre os dias 6 e 9 de fevereiro, o atelier de Hideko Honma recebeu o ceramista e designer norte-americano Eric Landon, cofundador do estúdio Tortus, de Copenhague, na Dinamarca, para dois workshops, de dois dias cada um. Cada workshop contou com 15 ceramistas, e alguns deles vieram até de outros estados, animados com a oportunidade de ver de perto e aprender as técnicas desse artista.
Formado pela Escola Dinamarquesa de Design, Eric tem entre seus destaques vasos de formas e linhas simples e orgânicas, em belos tons pasteis. Também é conhecido por suas postagens nas redes sociais, em especial o Instagram, onde publica imagens e vídeos de seu trabalho. Sua conta, @tortus, tem mais de 970 mil seguidores.
“Nas minhas postagens, eu procuro oferecer uma experiência visual. É relaxante, é bonito de se ver”, explica o ceramista. Não há tutoriais ou passo a passo de como fazer uma peça, mas sim pequenos recortes de vídeos, de imagens, que passam um pouco da beleza da cerâmica.
Workshops com ênfase na técnica
Eric costuma ministrar workshops em seu estúdio em Copenhague e em outros lugares pelo mundo. Desta vez, por exemplo, veio ao Brasil para dar aulas em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Itu. Em seu roteiro também estão programados workshops na Argentina e no México.
“Meus workshops são técnicos, com menos ênfase em estética”, explicou ele, ao final do primeiro workshop que deu no atelier de Hideko. Seja para ceramistas iniciantes ou profissionais, sempre há algo para se ensinar, afirma. “É um workshop muito hands on. Eu vejo onde o estudante tem mais dificuldade e ajudo a resolver isso”, diz.
Para Eric, essas oficinas são um momento de muita troca. “As pessoas me perguntam com frequência qual é o maior avanço técnico que já fiz como ceramista, e eu digo que foi quando comecei a ensinar, porque, para explicar algo, você precisa entender muito mais sobre o que está fazendo”, afirma. Ao ensinar, explica ele, seu próprio entendimento sobre sua técnica muda. “Meu trabalho melhora, eu me inspiro e assim também adquiro mais conhecimento para passar para os meus alunos.”
Sobre o workshop em São Paulo, Eric se sensibilizou com o entusiasmo do grupo. “O atelier é muito bem equipado, profissional, com boa iluminação. Os estudantes são entusiasmados. É uma energia muito boa”, afirmou. As professoras do atelier, Acácia Azevedo e Tatiane Kawata, bem como as assistentes do local, também deram apoio ao workshop.
Para Hideko, abrir o atelier para receber um workshop dado por alguém que usa outras técnicas e filosofia também foi uma novidade positiva. “A origem e o objetivo dos nossos trabalhos são os mesmos. Na origem está a técnica, colocada a serviço de um objetivo final, que é criar um objeto. Mas o caminho, a própria técnica e a maneira de lidar com os desafios do processo são diferentes”, comentou.
O atelier agradece a oportunidade de receber e ver o entusiasmo, concentração e técnicas de Eric Landon, e deseja sucesso em sua jornada. Aos participantes, também os nossos agradecimentos, e esperamos que a vivência do workshop seja mais uma inspiração para seguirem trilhando o caminho da cerâmica!
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