Com o projeto Avoar, Museu da Imigração convida ceramistas a enviarem peças em forma de pássaro
Assim como muitas aves migram, o ser humano também tem uma longa história de migração, um fenômeno fundamental para a humanidade. Ainda hoje, as pessoas deixam a terra natal e partem para novos lugares, em busca de sonhos a serem conquistados. Por isso, o Museu da Imigração de São Paulo lançou o projeto AVOAR – um convite a ceramistas do Brasil e da América Latina para que enviem pássaros feitos de cerâmica para a instituição, localizada no bairro da Mooca. As peças serão expostas no jardim do museu, representando um grande avoar de pássaros.
O projeto, realizado pelo museu em parceria com o Grupo Cerâmica Contemporânea Brasileira (CCBras), a plataforma Sou Cerâmica e Hideko Honma, busca relacionar o espetáculo da migração dos pássaros com o processo migratório humano.
Segundo Hideko, cada avoar de pássaros cria um padrão único no céu, assim como cada ceramista cria, a cada vez, uma peça que também é única. Ela fez um vídeo explicando o projeto e convidando os ceramistas a participarem:
Instalação de pássaros nos jardins do museu
O Museu da Imigração fica na antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás, uma construção por onde passaram mais de 2 milhões de pessoas, entre 1887 e 1978. Recém-chegados ao país, os imigrantes passavam alguns dias no local, antes de seguirem para seus destinos finais. A instituição preserva uma parte importante da história dos imigrantes que chegaram ao Brasil e é um local bastante procurado por turistas, escolas e pessoas interessadas em saber um pouco mais sobre a vinda de suas famílias e antepassados ao país. O museu promove exposições de longa duração, temporárias e itinerantes, e seus jardins têm 2.900 metros quadrados, onde acontecem programações culturais.
Para o projeto Avoar, os ceramistas podem enviar até três peças em formato de pássaros em posição de voo. Em cada uma, deverá ser gravada uma palavra ou frase curta de afeto ao próximo. As peças selecionadas integrarão uma instalação nos jardins do museu, durante o mês de setembro. No último dia, o visitante que levar um quilo de alimentos não perecíveis poderá levar uma peça, completando, assim, um processo de migração que começa no ateliê do ceramista e termina na nova casa.
O edital do projeto traz as especificações técnicas, o regulamento para quem quiser participar e mais informações. As inscrições devem ser feitas até 14 de junho e as peças devem ser enviadas até 16 de agosto, sendo considerada a data da postagem.
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